2:30 é a hora que a minha voz achou as palavras que eu procurava...

17 de maio de 2011

Conversas, sorrisos, segredos, confissões, choros, adeus.

 Manhãs chuvosas, risos.
Manhãs ensolaradas, risos.
Manhãs, simples manhãs, gargalhadas.

Único, prazeroso, divertido, trágico. 


Tudo estava tão normal e calmo, calmo até demais pra falar a verdade, mas nada que algumas doses não resolvessem. Felicidade instantânea, porém, falsa. Aquele lindo sorriso não passava de uma máscara, que por trás, escondia um rosto triste, desapontado e envergonhado.

"Vergonha de que?"
"Eu não sei, ninguém sabe."
"Era tão reservado."
"Era só"
"Mas eramos tantos"
"Quanto mais, menos, entende?"
"Não, me explica?"
"Quanto mais pessoas ao redor, menos à vontade, menos feliz, mais sozinho."

A cada palavra, um sorriso, isso cansa, isso consome, com o tempo, a impaciência. Impaciência essa, que gerou desafetos, palavras feias e laços rompidos.

"Foi assim que tudo isso começou."
"E onde terminou?"
"Hotel barato, banheiro sujo, comprimidos, palpitação, fim."